Eu AMO o Halloween quase tanto quanto amo o Natal.
Estou um pouco triste por não me deixarem fazer uma festa como deve de ser, aqui em casa as festas tem vindo a ser cada vez maiores e mais animadas, tinha enormes expectativas para este ano e olhem, como tudo nesta época pandémica lá terá de ser uma coisa mais pequenina, reservada e entre família (a questão da proibição de sair do concelho de residência veio reduzir ainda mais esta parte).
É a minha estação preferida.
Há quanto tempo não recebes uma carta?
Mas uma carta daquelas boas, as contas não contam, uma daquelas cartas boas, de amigos a contar as novidades sabem?
É que é preciso muito amor não é?
Fiquem sabendo (e que fique registado para a posteridade) que eu devo ser a única pessoa do planeta terra que não viu esta série.
Yap, eu sei, vi até meio da primeira temporada e desisti, não sei se para ser do contra, se porque vi sempre ao fim do dia e estava sempre cansada acabando por adormecer, não sei o porquê, sei é que não me "agarrou", não vi, não sei o nome das personagens, nem a história toda, nem nada.
Porém, houve alguém cá em casa que viu, com vontade de ver e me encheu a cabeça com o "não sabes o que estás a perder" e derivados.
Vai que quando eu lhe mostrei o puzzle ele disse que isto é que era, inocente que eu sou, julguei que ele o ia fazer comigo, desenganem-se pessoas, o mais perto que esteve de ajudar foi quando me disse que deva ser ele a colocar a última peça...não aconteceu, obvio.
E vocês perguntam-me:
- Então Maria Carpideira, esse puzzle teve um fim?
- Claro!!
Levei 8 dias, entre trabalho, uma cria aos pinotes, 4 refeições por dia, casa, roupa e sabe-se lá mais o quê, é o primeiro de muitos (muitos mesmo) a ter direito a moldura.
Estou a ansiar a chegada de um outro, desta vez para mim.
Para os interessados, é da Clementoni e eles têm outros muito giros também.
Dia da criança e a Carlota pede para ir passar uns dias a um hotel (sim, nós sabes, está muito mal habituada).
Ora vejamos, estes pais que estavam bem barricados em casa desde meio de Março viram-se com o dilema, fazemos a miúda feliz após estes dias todos confinada ou continuamos barricados com a consciência do que se passa lá fora?
Comecei a pesquisar dias antes sem grande esperança de encontrar o que procurava, um lugar perto, que não me levasse os olhos da cara, que tivesse coisas para ela se divertir e não termos que sair de lá, que servisse as refeições principais ou que tivesse como as confeccionar e que não tivesse possibilidade de albergar muita gente, ou seja, o impossível, certo!?
Só que não, encontrei tudo o que queria e ainda mais qualquer coisa.
Encontrei um lugar cheio de pequenos pormenores e tinha disponibilidade para nos receber.
Confesso que fui um bocado a medo devido à actual situação mas assim que lá cheguei percebi que não havia grande motivo para preocupação, tudo estava conforme as regras.
O espaço é grande e muito bem cuidado, dá gosto ver e percorrer.
Tem piscina, parque para as crianças, casa na árvore, muito espaço para correr e descansar e claro, tem os animais de quinta mais fofos de todo o sempre que se nota estarem bem habituados a receber visitas e mimos.
Há também as mascotes da quinta de quem ficamos mega fãs, ao ponto de a Carlota se virar a choramingar quando viemos embora.
O pequeno-almoço vale muito a pena, não foi, até porque não poderia ter sido, um buffet gigante em modo self-service mas dá aquele gosto chegar na hora marcada e ter tudo prontinho para nos receber, nós gostamos desse calor, desse conforto de nos sentirmos em casa.
A quinta tem 3 quartos, um dos quais com copa (fica 10,00€ mais caro), cada um com entrada privada.
A piscina é jeitosa e serve bem o número de quartos.
Muito do que se come vem da maravilhosa horta que existe na quinta, quando lá fomos estávamos a começar a nossa e saímos de lá não só com novas mudas para a nossa casa como algumas dicas que me tem sido de grande valor.
Mas o que mais nos cativou foi a forma como fomos recebidos, as conversas e trocas de experiências e o à-vontade que nos permitiram ter e isso não é fácil de encontrar.
Por isto e mais algumas coisas que como já sabem não vou partilhar para não vos estragar a estadia, sim, podem ir com confiança. Vão, levem os nossos cumprimentos e afaguem a cadela mais fofa.
Nós com certeza iremos voltar brevemente, até porque houve alguém que propositadamente deixou ficar um par de sapatos.
A QUEM POSSA INTERESSAR
Coisas a ter em conta
- O pequeno-almoço é pago à parte, 5,00€ adultos e 2,50€ as crianças, vale bem a pena, é completo, fresco e composto.
- É possível reservar jantar, não sei precisar os valores mas rondava os 12,00€ adultos e metade do valor as crianças, a ver pelo pequeno-almoço e por fotos que vi de outros hóspedes valerá bem a pena.
- Existe shampoo e gel de banho nos quartos, assim como um kit primeiros socorros, toalhas de banho e secador.
- Podem pedir toalhas para a piscina.
- A copa está bem equipada para quem quiser fazer refeições simples mas não tem forno, de resto há tudo que seja essencial (detergente loiça, panos, loiças e talheres, placa, frigorifico...)
- A casinha da árvore está fechada.
- Os quartos são distanciados.
- Na chegada todas as superfícies que pudessem ser tocas estavam cobertas por papel filme.
- Existe desinfectante para as mãos espalhados pela quinta.
- Existe desinfectante para limpeza de superfícies no quarto.
- Consegue-se sem esforço manter a distância dos outros hóspedes.
- Reservamos por telefone pelo número 964253437.
Morada: Quinta do Padre Lobo
Rua Padre Lobo, Mosteiró nº791
4520-402 Santa Maria da Feira
Esta carta terá de ser partilhada pelas suas auxiliares e todos os outros colos que teve até lhe chegar às mãos.
Todos nós pais, principalmente os de primeiro filho, sabemos o drama que é encontrar uma creche onde os deixar, não falo dos valores e condições e nem das vagas existentes ou não, falo da constante luta interior entre o querer dar-lhes o melhor e sentir que o melhor somos nós, mas praticamente todos nós tivemos de fazer essa escolha, passar por aquela sensação de abandono e superar, melhor ou pior, a perda de todos aqueles momentos importantes na vida deles, as pequenas conquistas, o dia-a-dia.
Aqui está ela, no primeiro dia de escola (sim, chamem-lhe o que quiserem, aqui em casa é escola), tinha quase 9 meses e íamos deixar a nossa filha com desconhecidos, acho que não preciso explicar a sensação pois não?
Parece que foi há 3 séculos mas na verdade foi "no outro dia".
Ficou uma manhã, no dia seguinte a tarde e era suposto continuar assim por uma semana mais ao fim do 3 dia disseram-nos que se quiséssemos a poderíamos deixar o dia todo porque não tinha sido drama nenhum para ela, o que nós já tínhamos reparado, pior ficávamos nós.
A minha filha passou a chegar a casa a cheirar a outra casa.
Eu não sabia se chorava ou não, não estava lá para ver, só podia acreditar no que me diziam e eu acreditava porque ela nunca me ficou a chorar e morria de amor por aquelas mães que agora cuidavam dela, que a alimentavam, que lhe davam colo, que lhe mudavam as fraldas.
Nunca ficou a chorar assim como nunca me chegou a casa com fome ou o rabo assado.
Num piscar de olhos começou a andar e a partida para a próxima valência foi inevitável.
Levei-a pela mão para uma nova sala, que ela já conhecia mas eu não, ia feliz com o bibe novo mas sempre a olhar para quem cuidara dela até ali, alias, enquanto esteve nesse piso fez sempre questão de lhes ir dar um olá quando a íamos buscar.
Sinceramente, não me lembro da primeira vez que vi a educadora da minha filha, o foco não era nela, não sabia, como ainda não sei, lidar com estas conquistas da minha filha, talvez por a achar filha única, o que sei, com toda a certeza é que tivemos muita sorte com a educadora que nos saiu na rifa e eu não tenho hoje, como acho que nunca terei, as palavras certas para lhe agradecer tudo o quanto fez por ela como criança e por nós como pais, porém, vou tentar, é óptimo que isto seja uma carta porque neste momento estou aqui a chorar baba e ranho, a que não irei chorar hoje e que já se tornou o gozo de toda uma tribo, cá vai:
Cara Educadora,
Nunca em momento algum tive medo de deixar a minha filha nessa escola, acho que isto só por si diz muito mas eu passo a explicar. Desde que a minha filha fala (e nós sabemos que bem antes disso) ela me diz "a minha Liana", como diz "a minha mamã", o mesmo carinho, a mesma noção de cuidado e conforto que uma criança procura num colo que sabe que é seu e que é certo, isto que me poderia ter causado algum ciúme encheu-me de despreocupação e segurança.
Sei bem que os primeiros passos dela foram convosco, assim como as primeiras palavras, mas vocês nunca nos tiraram a emoção de estarmos lá na primeira vez, obrigada por isso.
Obrigada por esta viagem ter sido sempre inclusiva, por os ter defendido sempre, por ter pedido para esta tribo mais do que era suposto terem, deve haver muito poucos miúdos a ter tido em tão tenra idade tantos passeios e experiências no exterior quanto estes pequenos e nós pais sempre lá estivemos mesmo sem estar, quando eles chegavam a casa nós sabíamos o que perguntar, sabíamos o que tinham aprendido e isso para ela era mágico, até hoje acha que o pai tem câmaras na escola, mesmo que nunca nos contasse nada por ela mesma, um bocado na base de "o que se passa na escola fica na escola".
Obrigada por me acalmar a consciência com a esta filha que em casa não come fruta, nem sopa, bom, nada do que devia!
Obrigada por lhe terem incutido o espírito de equipa, são 23 meninos que sabem uns dos outros, que se preocupam, que querem saber se os outros estão bem, que se sabem defender e isto é mérito exclusivo vosso e creio que um pouco raro hoje em dia.
Assim como é mérito vosso que ela saiba contar, números e estórias, rimar, somar e dividir palavras mas isso era o que qualquer pai espera de uma escola, certo?
O que um pai não espera é que a sua filha a meio das férias peça para fazer um filme para dizer à educadora que está tudo bem e que viu e fez isto e o outro. Não espera que a miúda chegue a casa cheia de ciúmes porque conheceu o filho da educadora. Não espera que ela se preocupe por dias e dias com a educadora que por azar viu dentro de uma ambulância e que, ainda que meia ligada às máquinas, perante a visão da criança, se ergue, lhe faz um fixe e diz que está bem. Não estava nada e eu liguei umas quantas vezes para a escola só para garantir que ia ficar mesmo bem.
Não esperava também que ela me fosse perguntar antes de ir para a cama quem são os anjos que guardam as professoras porque o da "minha Isabel" está mesmo a precisar de um ralhete porque ela nunca mais fica boa e volta para eles.
Não espera que ela peça um convite da festa de aniversário para as duas e que agora, depois de perceber que lhes vai sair das asas, fique contente porque agora elas já vão puder vir.
Não espera ouvir os "mas a Liliana não faz assim mãe", obviamente que eu é que estava a fazer errado mesmo que fosse dar o mesmo resultado, sempre.
Poderia ficar aqui eternamente com isto.
A minha filha nunca me deu problemas na escola e o mérito não é nosso, o mérito é delas, das pessoas que passaram mais horas por dia com ela do que nós. Se é o trabalho delas?
É sim!
Mas nem todos os profissionais são bons, nem todos se dedicam, nem todos conseguem ou querem ou sabem como estar a par connosco nisto que é educar uma criança e nós tivemos a sorte de nos calhar uma na rifa que em muitos momentos conseguiu estar um pouco mais acima do que nós.
Elas vão dizer isso mesmo, que não fizeram mais do que a obrigação delas mas é mentira, não se deixem enganar.
Numa reunião ela disse algo como "vocês não me façam isso de não ter mais filhos" como se fosse um ultimato para não a abandonarmos e pessoas, se houve vez que essa conversa me fez sentido foi essa porque a fazer era para ela que mandaria a cria e ela acompanha as crianças até saírem da escola e eu estou a ficar cota e a ser teria de ser agora, para entrar agora, vejam a loucura!!!
Nem vos vou falar na paciência que teve connosco, pais que levaram sempre a miúda a passar da hora, que se esqueceram umas quantas vezes da mochila da piscina, do papel assinado para a visita, de pagar a visita a tempo, and so on, e nunca, nun-ca lhe vimos má cara (bem a merecemos).
Claro que como paga parece-me que éramos dos primeiros da lista de pais para tudo quanto fosse festa de natal, cantámos, fomos Maria e José (pari Jesus em palco e tudo), elfos com direito a fatiota composta, coreografias e ai de nós que faltássemos a um ensaio ou saíssemos do ritmo, aquele olhar é forte e definitivamente o meu não funciona da mesma forma.
Soube sempre bem ouvir que a miúda ia bem na aprendizagem mas melhor que isso foi sentir que sempre fomos apoiados e compreendidos nas nossas preocupações, por isso também estaremos sempre gratos.
Para fim, confesso aqui uma coisa. Para além da constante dúvida no caminho a seguir, agora sim tenho medo, tenho medo da próxima rifa, estamos muito mas muito mal habituados, tenho medo de a próxima professora não seja tão compreensiva e dedicada, tenho medo que as próximas auxiliares não sejam tão queridas e amorosas, tenho medo que a próxima escola não a saiba acolher como esta fez, caramba!!
Quero dizer-vos a todas vocês que lhe deram colo quando eu não pode, que lhe espetaram com o ben-u-ron sempre que os dentes davam de si, todas as que brincaram mais do que nós e até à bandida da cozinheira que cozinha melhor que nós os dois juntos o seguinte:
Naqueles dias em que acordarem sem ânimo e sem coragem para mais um dia de trabalho, aqueles dias em que a vida pessoal se tornam mais triste, em que duvidam do vosso valor, lembrem-se que algures no tempo houve uma Carlota e voltem aqui para ler isto que me sai do coração e não poderia ser mais sincero do que está a ser. Perdoem-nos se um dia ela se tornar numa adolescente metida a besta e passar por vocês sem parar, a culpa não foi vossa com toda a certeza e tenham a certeza do seguinte, nunca, jamais nos iremos esquecer dos anos que passamos juntos na luta para lhe dar os melhores pilares e um dia quando ela revolucionar o mundo (sim, sim, isto vai acontecer) vocês estarão lá a par connosco para assistir de primeira bancada mesmo que fisicamente não o possam fazer porque nós pais, não somos nada sem a aldeia que criou.
Se há ave linda é esta e foi a primeira que vi ao entrar no parque. Na verdade vimos dois e um deles abriu o leque para o vermos bem.
É isto que tem este parque, aves, muitas, protegidas, lindonas, todas neste que é o único parque exclusivamente ornitológico do pais e tem como missão investigar, educar e proteger estes animais. Não é um parque gigante mas conta com mais de 500 animais de 150 espécies, distribuídos por 80 habitats, dá com certeza para passar uma tarde ou manhã, observando com calma, lendo a informação disponível e ajudar nesta missão.
A Carlota ainda não sabe ler e estava eufórica porque foi a primeira vez em 90 dias que saímos para um sítio deste género e para a manter no foco fomos tentando encontrar pelo caminho penas com o plano de as conseguir associar às aves que lá existiam, algumas foram fáceis outras foram muito difíceis e só com ajuda no fim é que conseguimos lá chegar.
Estão a ver a pena que a Mia andou durante dois dias a tentar roubar de uma gaveta?
Pertence a um Urubu e este em particular é um metido que esteve ali a fazer-se à fotografia.
Tirei imensas fotos, não as vou colocar todas aqui para não vos tirar a piada mas posso adiantar que existe correio para Hogwarts, a ave apadrinhada pela MultiOpticas tem todo o sentido de o ser, há paisagem tropical de flamingos rosa, uma ave falante na entrada/saída e depois há estes momentos:
Curiosidades
- Existe um bar mas não vos sei dizer o que terá para comer ou beber.
- Na entrada podem comprar por 1,00€ saquinhos de comida para os patos (a maioria das aves sabe bem o que trazem os sacos e fazem-se aos ditos, sejam fortes).
- Podem fazer download do mapa do parque na página do zoo.
- Todo o parque é visitável por pessoas com mobilidade reduzida.
- Crianças até aos 5 anos (Inclusive) não pagam entrada.
- Atenção ao horário de fecho, as ultimas entradas são 1h antes.
- Há diferentes horários para inverno e verão.
- Outras coisas vão aqui ao site.
E esse Covid?
- É recomendado o uso de máscara na passagem pela entrada e nos espaços fechados como WC e bar.
- Deve ser mantida a distância de segurança.
- Há gel para desinfestar as mãos.
- Há um pedilúvio para os pés/calçado na entrada do parque.
- Foi implementado um circuito de visita.
- O parque infantil está encerrado.
- Foram suspensos as sessões “Hora de alimentação dos flamingos” e a Sessão “Pelicanos & companhia”, assim como todas as actividades educativas constantes no Programa Pedagógico do Zoo, Festas de aniversário e “Tratador por 1 dia”.
- A lotação do espaço também foi reduzida.
Nós fomos por volta das 16h de um dia de semana e andámos muito tranquilamente, havia muito poucas pessoas e todas respeitavam as regras, senti-me segura.
Já lá vão umas semanas desde que tirei esta foto, provavelmente a cena mais fixe que fotografei este ano até agora. Três anos pessoas, 3 anos para conseguir que alguém me vendesse terra de jeito e pedras para este projecto e eu vi finalmente a coisa a chegar, nem dormi bem no dia antes a pensar que por algum motivo da pilinha o senhor nos ia ligar a dizer que afinal não ia entregar ou até nem dizer nada e não aparecer, como já nos tinha acontecido.
Mas ele veio, na hora marcada, com toda a terra precisa e mais alguma e com a dita pedra, que, apesar de não ser a pedra de rio que tínhamos idealizado e que não nos ia lixar os pés todos, serviu para o efeito.
Os dias seguintes foram penosos porque não conseguimos a máquina para alisar a terra, e tivemos que fazer tudo a força de braços, em 3 dias porque depois ia começar a chover e ia ser um filme.
Mas fizemos, tudo como queríamos, com maior ou menos erro mas para jardineiros de primeira viagem acho que a coisa não ficou nada mal e conseguimos finalmente dar um lar definitivo a algumas plantas que já cá tínhamos como o nosso dragoeiro, que o avô do Gil nos trouxe de Porto Santo e que será uma das estrelas do nosso jardim.
Também fizermos finalmente a minha horta
Andava a sonhar com ela desde que comprámos casa.
Esta foto é de quando plantámos tudo, quem me segue no Instagram vai vendo a evolução, até já comemos uma salada de lá e tudo. Tem sido tão bom ver tudo a crescer, dar flor e fruto.
Ontem descobri que já tenho bebés tomates!
Agora é rezar que não morra tudo e que o gramão cresça porque, se antes tinha areia a entrar para dentro de casa, agora senhores, agora tenho terra a boiar na piscina e patinhas de cão por todo o lado ao fim do dia quando se rega a horta, patinhas de cão feliz mas patinhas, muitas patinhas.
Os dias correm lentamente, sempre da mesma forma, pelo mesmo ritmo cansado, cumprimos a verdadeira quarentena, com todos os seus 40 dias e mais alguns, sempre a somar.
Eu sei que não estou bem, eu sei que ele dá sinais e eu sinto que ela sente.
Eu sabia, tinha a certeza que alguma mazela isto lhe ia deixar mas ainda assim fui apanhada de surpresa.
Coração de mãe sabe tudo, coração de mãe tenta não ver.
Hoje o meu coração bate forte, bate de tal forma que sinto o peito dormente, acho que chora o que eu não chorei até agora. Porque coração de mãe também tem de ser forte quando eles não são.
Hoje a minha menina feliz esteve meia hora a chorar, primeiro de frustração, depois de raiva e por fim de tristeza, não sei ao certo qual das partes me doeu mais.
E tão pouco que fazemos por ele!
Com certeza não foi a nossa geração que o tornou assim, não por completo, nascemos e as oportunidades de o estragar já cá estavam e as que não estavam foram surgindo. Também tenho a certeza que não foi por falta de aviso que as repetimos diariamente, vezes e vezes sem conta, chegamos mesmo o reclamar de medidas mais sustentáveis como foi na altura da introdução dos sacos recicláveis e o pagamento dos mesmos, porem, anos volvidos e todos nós vivemos muito bem com isso.
Hoje que é o dia dele, e com ele digo tudo o que nele existe, proponho que pensem no quanto sentimos falta da natureza que tanto exploramos, ela que está quase exausta de nos aturar, Pensem no quanto desejamos apanhar um banho de sol, ir à praia molhar os pés, sentar debaixo de uma arvore a relaxar, pensem no quanto gostamos dela no quão mal a tratamos.
Não somos nada sem ela e esta é a verdade.
Enquanto estamos fechados em casa, o planeta regenera, os animais e plantas reconquistam o que é seu por direito e nós ficamos pasmados a ver ao longe tudo isso acontecer.
Pedimos de mais para nós mesmos e na maioria das vezes pedimos com motivações erradas.
Tenho esperança que depois de passarmos por tudo isto tenhamos em conta tudo isto, que pensemos duas vezes antes de nos esticarmos num planeta que não é só nosso e onde somos na verdade o maior e mais perigoso parasita.
Ainda temos água potável, mares, rios, campos cultivados, camada de ozono, a fauna e a flora ainda resiste, todos sabemos que se não tomarmos uma atitude não teremos nada disto para sempre e é de um absoluto egoísmo a expressão "não vou estar cá para ver".
Esta pandemia que nos trouxe solidão, reclusão e morte foi a melhor coisa que aconteceu a tudo o resto que não seja humano, espero que tenha dado a todos os que ainda não a tinham uma melhor perspectiva sobre o impacto que temos no planeta.
Hoje o nosso amigo Google lembrou-me da importância das abelhas no nosso ecossistema, não é novidade para ninguém que elas estão em extinção, sim, as abelhas.
Sei que não será possível a todos fazer isso de imediato mas há uma coisa simples que todos podemos fazer por elas e é tão simples quanto plantar flores, elas preferem as flores brancas e amarelas assim como as de cor entre o azul e o violeta, temos muitas por onde escolher mas podem ver por exemplo estas:
- Flores silvestres : As mais importantes são as flores de plantas nativas da sua região.Quanto mais flores silvestres você plantar, mais abelhas silvestres serão atraídas e assim seu jardim crescerá.
- ervas aromáticas: manjericão, funcho, malva, manjerona, orégano, alecrim, dente de leão, tomilho, hortelã, milenrama
- Margaridas
- Girassóis
- Rosas
- Lavanda
- Dálias
- Dedaleira
- Gerânio
- Malva-rosa
- Jacinto
- Cravo-de-defunto
- Papoila
Nós plantámos há dias girassóis e camomila. Vocês sabem que o meu polegar não é lá grande coisa mas já temos aqui uns belos pés de girassol e umas micro bebé camomila adoráveis, estamos só a aguardar pela terra para o jardim para as transplantarmos e as ver crescer.
Depois mostrem elas flores!
Ainda antes de abrir os olhos, ele sabia que ela já estava acordada, que olhava para ele, sentia na alma a luxúria que a pele dela abrigava e perguntava-se como raio teria ele conseguido encontrar aquela mulher só para ele, ainda não tinha caído em si, não percebia porque raio ela o seguia como sombra em todas as suas loucuras, nem porque é que lhe disse que sim, nem porque é que ainda o deseja assim. Sabia que ela já o sentia acordado, sabia que o calor dela se ia juntar ao seu, sabia também que iria chegar atrasado de novo, caramba, não lhe dava jeito nenhum mas abriu os olhos para a ver sorrir com aquele ar malandro e inocente que foi tão rápido a aparecer naquela cara como a sua mão foi a descer-lhe do peito. Ali, naquele segundo ele soube tanto quanto ela, que os seus corpos eram dois mas tudo o resto era um, talvez fosse por isso que lhe custava tanto a separação ou talvez fosse por isso que a ânsia de voltar era sempre maior que tudo. Chegou atrasado mas feliz e satisfeito. Ninguém tem a capacidade de incomodar um homem feliz dizia ele para consigo sempre que o olhavam de lado, não tinha horas para entrar, não tinha horas para sair, tinha trabalhos para cumprir e era suficiente.
O chocolate pode ser o que preferirem, branco (deve conter manteiga de cacau), de culinária, de leite, qualquer um serve.
A receita rende mais ou menos 2 canecas.
Se preferirem um chocolate mais liquido ou colocam apenas 1 C.s. de Amido de milho ou acrescentam leite frio no fim e aproveitam para temperar o chocolate.
Ingredientes:
- 80 Grs de Chocolate
- 1 C.c de essência de baunilha
- 400 Ml de Leite
- 2 C.s. Amido de Milho
- Gengibre em pó q.b. (Opcional)
Preparação:
- Partir o chocolate em bocadinhos com uma faca.
- Colocar num tacho o chocolate, o leite e o amido e colocar em lume branco, mexer sempre.
- Quando o chocolate estiver a derreter adicionar a essência de baunilha e o gengibre.
- Quando estiver no ponto que desejam passem para as canecas.
- Podem guarnecer com raspas de chocolate, por exemplo.
Antes de mais, isto não é a receita das nossas maravilhosas tripas aveirenses mas, em época de crise servem para matar as saudades.
A quantidade dá para cerca de 3 tripas, se preferirem aquelas mais grossas dividam apenas para duas.
Preferencialmente devem ser feitas numa máquina apropriada para tripas mas numa frigideira antiaderente também se consegue, eu fiz numa máquina de fazer crepes.
Ingredientes:
- 1 Ovo
- 1 Caneca de leite ou bebida vegetal
- 1 Caneca de farinha sem fermento
- 1 C.S. Açúcar
- Canela q.b.
- Chocolate, doce, ovos moles, o que quiserem para recheio.
Preparação:
- Misturar todos os ingredientes até obter uma massa homogénea.
- Aquecer bem a máquina/frigideira/crepeira.
- Colocar a quantidade de massa.
- Assim que começar a descolar, colocar o recheio no meio e dobrar (a partes de baixo e de cima para dentro e depois as laterais).
- Canela por cima já está.
De nada!
Vi nas redes sociais a iniciativa importada de Itália que consistia em criar um cartaz com um arco-íris e a mensagem "vamos todos ficar bem", achei boa ideia manter assim as crianças ocupadas com algo colorido e energia positiva. Fizemos o nosso que já está no muro de casa para que os vizinhos possam ver, porém a minha cria achou que nem todos os vizinhos iriam passar aqui e reparar na nossa mensagem e por isso resolvi arranjar uma imagem que ela pudesse colorir, cortar e posteriormente e protegidas de acordo com as directrizes mundiais ir distribuir pelas caixas de correio dos nossos vizinhos.
Fica aqui a imagem para que possam fazer igual e assim espelharmos esta mensagem a mais pessoas, porque sim, eu acredito que vamos todos ficar bem.
P.S.- O nosso Pote das Coisas Fixes sai esta semana e irá ter uma versão que podem descarregar on-line.