Hoje pela manhã estava eu no meu ritual de vamos-apanhar-coragem-para-sair-da-cama a passar os olhos pelo meu moral no facebook quando me chamou á atenção um post que falava de um lavrador que tinha sido encontrado já não sei onde e como na noite anterior tinha visto um outro que tinha desaparecido, lá foi ela toda contente a pensar que ia salvar o mundo, apercebi-me entretanto que não se podia estar a falar do mesmo animal porque um era cão e outro cadela, mas de qualquer maneira continuei a ler a ver se já tinham resolvido o caso, e claro que já existiam umas quantas pessoas a sugerir que se não encontrassem os donos ficavam com o lindíssimo exemplar da raça, ás tantas a coisa começa a distorcer e eu comecei a ficar indignada, então não é que assim como apareceram as pessoas a dizer que queriam o bicho logo surgiram as outras pessoas basicamente a dizer que só o queriam porque era de raça e que se queriam ajudar porque é que não adoptavam um rafeiro...tche que fiquei do pior...
O normal é eu ter muito que dizer durante todo o dia. O normal é uma pessoa chegar a casa cansada e ainda ter de cozinhar e tratar da casa. O normal é uma gaja depois de ter tudo feito (dentro do possível) ter sono e ir para a cama e dormir. Bolas, é incrível como esta gaja todos os dias se sente anormal assim que bate a cabeça no travesseiro (e o quando o levanta mas isso já é outra conversa).
Verdade verdadinha!!
Onde quer que se vá ou esteja se és feliz e bem sucedido podes ter a certeza que tens um bando de olhudos a desejar aquilo que tens, independentemente do que seja, CUIDADO COM ELES, é que não podem ver nada, sou daquelas pessoas que têm de ver para crer, deve ser por isso que não sigo nenhuma religião, mas existe uma coisa que não vejo e não tenho provas convictas que exista, e essa coisa é INVEJA, á raios para ela, é incrível como não se pode ter nada. Eu juro que tento não ligar para não dar ases a conversas mas como é que uma pessoa pode ignorar?
Fiz uma pequena pesquisa e descobri que existem umas quantas e distintas coisas relacionadas com a palavra equilíbrio ou melhor, existem varias coisas relacionadas com o equilíbrio desde o lado monetário, a cadeiras universitárias e outras tantas coisas mais. Porem o que procurava era o "como chegar lá" como é que se atinge o tal estado em que uma pessoa se pode achar equilibrada, ponto.
Provavelmente o rapaz estava nervoso e tal, até um pouco irritado, mas do meu ponto de vista teve a coragem de dizer aquilo que é verdade, eu tive uns quantos professores assim ou melhor ainda, tive muito poucos que davam aulas de jeito, daqueles que dava vontade de ir, e por muitas vezes me perguntei se seria eu que não tinha vontade de estudar ou se seriam eles que não sabiam dar aulas, a determinada altura decidi culpar os mesmos por não ter paciência para estudar, não que tenha valido de muito tendo em conta os anos que andei com os livros e cadernos para trás e para a frente. Agora observando do ponto de vista do não estudante continuo com a mesma opinião e acho que este jovem danado da vida têm toda a razão, acho que se vão safando os das escolas primárias e até percebo que com o que ganham e problemas que este estado inventa eles não tenham grande vontade de aturar os filhos dos outros mas, lá está, na verdade a escola existe para formar o futuro, tanto pessoal como do país, se não são eles a fazer o esforço quem é que o fará? se os alunos chegam ás aulas e levam com tareias de informação que não é explicada ou cativante que raio de vontade teram esses os mesmos alunos de aprender? E mesmo quando têm, conseguem não se esquecer de tudo passado algum tempo?
Têm dias como estes em que abro o facebook e me deparo com a realidade, bastam apenas 5 minutos para chegar á conclusão que a determinada altura da minha vida devia ter apostado no outro cavalo. Como todos vocês eu também tenho uns quantos "conhecidos" no meu solitário diário do vamos-lá-ver-o-que-é-que-aquelas-pessoas-que-eu-até-não-curtia-muito-andam-a-fazer, pessoas essas que andaram comigo no ciclo e no liceu e com quem eu não preferi passar o meu tempo (preferi gastar o mesmo com um namorado que na verdade não valeu a pena na maioria das coisas), essas mesmas pessoas, agora, transmitem-me uma estranha sensação de nostalgia que nunca tive ou julguei vir a ter e tudo isto porque elas sim se aplicaram a conviver umas com as outras e a coisa deve ainda correr bem pois vejo fotos de casamentos, e crianças, e festas, todos juntos uns com os outros, não consigo entender o meu espanto visto que vivia num meio relativamente pequeno em que toda a gente se conhecia e em que os nossos pais já tinham em algum momento andado na escolas com os pais dos nossos colegas, era aliás uma das coisas que eu mais odiava, essa estranha sensação de ser conhecida sem conhecer ninguém, lá por eu ser a neta de X e a filha de Y não quer dizer que possas tomar partido no que faço, no que visto ou com quem ando, no entanto hoje em dia uma certa e misera parte de mim admite que gostava de ter tomado o caminho diferente, gostava de ir aos casamentos e fazer parte das fotos, de perceber as piadas e de não me sentir estranha perante aquelas pessoas com quem acabei por passar uns quantos anos da minha vida. Mas bem, nada há a fazer não é verdade?
Sinto-me em pânico sugestivo.
Estas mulheres, na altura crianças, são mais um exemplo da maldade alheia, imaginem só se fosse com vocês, lá ias tu na tua vidinha de volta das aulas/trabalho e alguém de alguma maneira te leva, a determinada altura de certeza que te apercebes que nunca mais vais voltar, o que é que se faz nestas alturas?
MÃE
De todas as coisas que te posso dizer acho que a mais exacta é AMO-TE.
Amo-te porque és minha mãe.
Amo-te porque é uma mãe fenomenal.
Amo-te porque és a minha melhor amiga.
Amo-te porque és uma mulher de se por os olhos e o coração.
Amo-te porque nunca desiste dos teus filhos.
Da mentira ao ressentimento.
Podemos sempre dizer a verdade, aliás é com isso que contamos, é isso que desejamos e apesar de saber que é pouco provavelmente que a vamos ter é sempre aquilo que, lá no fundo, esperamos de qualquer tipo de relação. Mas será que é isso que estamos prontos para dar?