Dissertações sobre o tempo é coisa que para aqui não faltam, não fosse eu uma ansiosa veterana e ansiosa que se preze panica com o tempo.

O tempo esse não está nem aí e vai passando, sempre ao mesmo ritmo, a cada segundo, a cada pôr do sol, a cada passagem de ano, ele passa, sempre ritmado e feliz.

Eu, que não o consigo controlar por não conseguir estar sempre de olho nele mantenho a ilusão que ele me passa a perna e ora apanha atalhos ora decide tirar uma soneca.

Ele, o tempo, é tramado, sabe bem que manda nisto tudo e faz o que quer da sua vida.

Eu, na maioria das vezes gostava que ele fosse gente como eu e tu, para lhe poder dar uns cascudos volta e meia, para o fazer acelerar e tomar tino na vida ou para o prender numa casa sem janelas onde ele iria viver quieto e mudo sem dar ar de si.

Ele, acha isto tudo muito giro e não contente em passar, vai e deixa marcas, cabelos brancos, rugas de expressão e nostalgia, essa tão sua amiga nostalgia, outra sacana lá está!

Eu, nós, estou em crer, passamos mais tempo a critica-lo do que a vive-lo.

Ele, claro está, fica ofendido, bate o pé e como bom elemento, não está nem aí e segue airoso e sem remorso.

Eu perco-me nele, não sei como pode ser tão impiedoso, parece que não tem bem a noção de que somos só humanos, para nós ele é um mistério que algures conseguimos catalogar mas que continuamos à espera que mude.

Ele, parte-se em dois, passa de radioso a negro, divide-se em quatro e vive ciclos de 365, menos quando se passa da marmita e só para contrariar retira-nos um dia, como se fosse de férias.

Nós, cá ficamos, a ver como se diverte connosco muitas vezes sem lhe dar o devido valor.

Ele embala-nos nesta cantiga, canta uma canção de embalar (tic, tac, tic, tac,...).

Eu espero, que ele passe por mim por muitos e felizes anos.

Ele não quer saber dos meus desejos.

Nós, que tão pouco valor lhe damos, devíamos ao menos ter o discernimento de um dia percebermos o quão ele é importante e talvez aprender que o nosso maior bem é ter o tempo connosco, viver nele e saber com quem o partilhamos.

• Todos os dias sem exceção eu penso no meu dia, ao fim do dia, por vezes quando deito a miúda e enquanto lhe afago os caracóis, ou sentada na cama de olhos fechados, quando me sinto mais tensa uso uma aplicação e faço meditação guiada e no fim agradeço o que tenho e faço um plano mental de alguma coisa que poderia ter sido melhor ou alguma coisa que tenha que corrigir, tento sempre realizar no dia seguinte.
• Sempre que me sinto mais tensa alongo o corpo, faço umas quantas respirações e recorro a massagens.
• Durante a semana dedica uma meia hora do meu dia a dançar aos pulos aqui por casa ou a cantar aos berros, durante o fim de semana passeio com o resto da família, meia hora por dia para mim é o mínimo.
• Como sou dada aos trabalhos manuais tenho sempre um projecto em mão para os tempos livres, quer seja uma cama nova para a gata ou uns guardanapos de tecido.
• Dormir, ter uma rotina, é super importante, se não existe descanso óbvio que o resto não funciona bem, ter uma rotina é importante mas também é importante que não seja demasiado rígida para a podermos quebrar sem remorso.
• Ter apoio médico é importante, tanto um psicólogo como um psiquiatra, deixem-se de nhónhós, que só os malucos recorrem a este tipo de valências, não faz sentido nenhum e de doidos todos temos um pouco.
• Adoro esta moda dos livros de colorir para adultos, para mim são um must have.

Lembrei-me da quantidade de vezes que já me deram a dica em relação ao que julgam ser a falta de privacidade que existe em expor a nossa vida pessoal neste blogue e em todas as redes sociais de que faz parte. Todos nós temos direito a escolher o que damos a conhecer ao mundo seja por que meio for.
Quando comecei este blogue, não existiam fotos minhas de cara, nem dele, nem da nossa família, nem dos nossos animais. Com o tempo foram aparecendo algumas, bem explicadas e sempre com as devidas autorizações, obviamente.
Quando a minha filha nasceu, se bem se lembram, não houve logo fotos delas por todo o lado. Pensámos juntos no que fazer até concluirmos que na nossa opinião, os bebés são todos muito parecidos, as reais diferenças aparecem mais tarde e não assim que nascem e por isso não nos fez muito sentido aguardar até X idade, ou a dávamos a conhecer ou não o faríamos de todo. As primeiras fotos não mostravam cara porque a queiramos só para nós. Ela foi crescendo e foi aparecendo inevitavelmente e com muito gosto. Aqui as pessoas começam a dizer-me que um dia ainda me roubam a miúda. Protegemos a miúda o mais e melhor que sabemos e na eventualidade de ela se perder de nós acredito que vocês estejam bem na capacidade de a reconhecer num qualquer lugar onde se cruzem com ela, ou seja, a exposição não é apenas uma coisa negativa apesar de esperarmos nunca virmos a precisar de vos recorrer. A partir do momento que ela se começou a manifestar e a perceber o que é isto de aparecer nos telemóveis dos outros, se repararem, deixou de haver tantos directos matinais que vocês tanto gostavam de ver, sempre que me apetece filmar para partilhar depois eu pergunto-lhe se posso, cada foto que publico ela sabe e muitas vezes ajuda a escolher, isto vai continuar a acontecer enquanto ela quiser, o pai autorize e eu tiver vontade. Se ela é pequena de mais para tomar este tipo de decisão?
Se tem noção tem direito a opinião, não somos castradores, este blogue é aquilo a que se chama um babyblogue desde que eu engravidei, e depois, eu também não vos percebo, se não estão de acordo com as nossas decisões e opiniões sobre o assunto, que fazem por cá pessoas?
E depois, vocês estão mesmo crentes que sabem da minha vida pessoal?
Pensem lá bem nisso.
A maioria destas publicações são agendadas, quando vocês julgam que estamos em X lugar já nós fomos e voltámos, como devem calcular a nossa vida é muito semelhante à de todo o mundo e vocês o que sabem disso?
Não se iludam com o que acham saber, porque na verdade you know nothing people, NOTHING.

1. Pré-aquecer o forno a 180 graus.
2. Forrar uma forma redonda sem buraco de 18 cm com papel vegetal.
3. Coloque a mistura de sementes no copo, se necessário dê alguns golpes de turbo para que fique em pedaços pequenos. 
4. Junte os restantes ingredientes e programa 30 seg/vel 5
5. Colocar a massa na forma e colocar o caramelo liquido em fio.
6. Levar ao forno aproximadamente 30 minutos.

Dicas:

- Quando forem triturar os flocos aproveitem e triturem mais quantidade, podem guardar em frascos e ir usando num sem fim de coisas.
- A receita original levava  amêndoa em vez da mistura de sementes mas podem usar qualquer tipo de fruto seco ou semente.
- O pão conservou-se muito bem por 3 dias, sem ficar rijo ou azedar, julgo que até se aguente mais mas aqui acabou entretanto.

E se isto não fosse chato que chegue o pequenos tendem a aprender uma louca dança corporal capaz de deixar qualquer um de nós em pré-auto-internamento-lunático, eles é bater de pés com braços cruzados, espasmos sempre que os tentamos pastoriar para fora daquela loja onde eles querem ficar para comprar o 100 verniz cor de rosa, o ar de burro amarrado, o esticar o pescoço á galo acompanhando o movimento com um cantar revoltado que dedilha todas as razões pelas quais algo não está em conformidade na suas santas vidinhas obviamente com o  volume no topo e por fim o olhar colado no chão para acabar em bem a atuação fantástica que acaba num choramingar falso, secar de lágrimas de crocodilo e fungamentos exagerados no caso de nós cedermos á chantagem.
Valha-nos os anjinhos das guarda dos pequenos peste e obrigada pela paciência que nos enviam.
Ainda assim eu continuo a achar que mais vale a pena passar a vergonha agora do que para o resto das vidas, estou convencida que o problema vem das fáceis cedências, faz-lhes muito bem ouvir os nãos, afinal de conta a vida não é feita de sim todos os dias, prepara-os e ensina-os a lidar com a frustração, nós sofremos um bocadinho e há dias muito difíceis.
A prevenção é o melhor a fazer, não entregar um não "porque eu disse que não" ou "porque eu é que sei" sem lhes dar também uma explicação, pode parecer que não mas eles percebem e acabam por aceitar. Tenho vindo a notar que a Carlota faz menos birras quando está descansada, quando lhe damos hipótese de explicação e quando negociamos com ela uma outra opção para aquilo que quer, na grande maioria das vezes ela é calma e aceita o que lhe dizemos, nas outras vezes olhem, assistimos ao seu bailado clássico.
Contem lá, aí em casa, estamos nesta?
Dicas para evitar ou ultrapassar as birras?