Querido Outono

setembro 28, 2018


Mas que saudades eu tinha de ti.
Desse "crunch crunch" de folhas sob os pés.
Das manhãs frias, almoços quentes e vento de fim de tarde.
E estas cores?
Estes tons de verde seco e vermelhos, castanhos e amarelo torrado, se há palete bonita é a a tua que consegue transformar a tristeza do fim de verão nos mais belos campos, nas mais doces frutas e nos mais reconfortantes cheiros.
Que boas recordações me trazes, sabes?
Espero pelas primeiras chuvas e o seu cheiro a terra molhada, espero pelas primeiras noites á lareira, pelo primeiro dióspiro e as primeiras castanhas.
Como és bonito querido Outono e como eu gosto de ti.
Lembras-me o inicio das aulas, as roupas novas, o cheiros dos novos livros e cadernos, a volta á rotina, as tardes junto ao mar, os serões enrolada nas mantas, as velas que ficaram guardadas durante o verão.
Sabes-me a papas de abobora, a doce de maçã, a figos de pingo de mel e a sopa de feijão encarnado.
Trazes-me algum desconsolo na alma quando penso em quem me apanhava os figos e da sopa de feijão que nunca mais comi igual, mas ao mesmo tempo trazes a recordação do amor que cada um desses pequenos prazeres me davam.
Gosto de ti sabes?
Espero que sejas tão doce como sempre.
Sê bem-vindo, finalmente!

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