Pipas Maria uma babysitter para serviço

julho 31, 2014

Diz minha mãe que antes de eu nascer eles tinham uma mini cadela que acabou por ter que ser abatida porque depois de eu nascer ficou de tal maneira com ciúmes que me tentou arrancar do berço, era má e rosnava-me tamanha era a inveja que tinha por o tempo extra da família não ser só dela.
Acho que tendo em conta a quantidade de bichos desta casa, nenhum deles pode ser considerado "filho único" e eu tenho feito de um tudo para não os por de lado apesar de não ser imune á toxoplasmose (no caso da gata) e de passear com uma cadela eufórica por ir á rua se tornar complicado mas dou comigo a pensar, será que a minha Pipas Maria vai tentar comer a pequena criatura?
É que no caso do tamanho dela se ela tentar com jeito é provável que consiga!
Conheço a fera em o suficiente para saber que ela É ciumenta comigo, por vezes rosna ao outro por me beijar, mas agente sabe que é na boa, não gosta que toda a gente me abrace, umas pessoas tasse bem outras levam com o ladrar de aviso e bocas pirosas na rua de pessoas que ela não conhece é um problema, para as outras pessoas claro está, mas será que vou ter problemas com isto quando tiver que lhe explicar que agora não posso dar-lhe mimos porque tenho que trocar uma fralda?
Ela sabe ouvir um não, sabe perceber quando não pode ser quando ela quer, sabe que têm que me partilhar, nos partilhar, mas será que terá a capacidade de perceber que a uma certa altura vai ter que obedecer a mais uma pessoa?
Será que vai ter a mesma capacidade de a amar como nos ama a nós?
Ou vai simplesmente achar que é um estranho que aparece de um dia para o outro quando a dona ficar magrinha outra vez e que só vai servir para empatar os passeios dela?
Eu cresci no meio dos animais, tipo literalmente, não gatinhei porque andava sempre agarrada ao pastor belga lá de casa AKA meu cavalinho, tive uma galinha choca como amiguinha e mais cabra, porcos, galinhas, patos e perus, e mais cães, ..., e fui feliz e tudo correu bem queria poder dar a mesma experiência á cria!
Tudo isto me passou pela cabeça como uma ideia preocupante até ao dia em que eu, deitada no meu sofá, pança ao léu a fazer festas na barriga mínima, Pipas deitada na outra ponta do sofá, a dormir que nem porquinha, e, do nada, acorda, fica a olhar para mim com a cabeça de lado e orelhas atentas como quem diz "mas que raio de passa aí?".
Vem em modo soldado rastejante até junto de mim ainda intrigada, encosta o nariz ao covil da cria e com toda a ganância, faz uma investigação narigal, mais uma vez que nem uma porquinha, olha para mim enquanto eu lhe afago as orelhas e pergunto:
-O que é que está aí Pipinhas?
Ela repete, e faz aquilo que me faz de manhã para me acordar a rir, ataque á porquinha cheirona e de seguida o roçar de cabeça que estou convencida que aprendeu com a gata, enroscou-se com muito jeitinho e ficou por ali mais um pouco.
Depois disso não se joga para cima de mim, têm calma, quando me apanha a jeito vem fazer a inspecção e eu fico deliciada porque o ar dela já não é de curiosidade mas sim de alegria, semelhante á que faz quando chegamos a casa.
Ou sou eu a ficar maluca ou ela sabe o que se passa.
E eu cá já tenho o plano estudado, consiste em ter uma cama no quarto da cria (pirosa e a combinar com o que lá vai ter) para Pipas Maria ajudar a tomar conta da nova fera da família, a pequena criatura.

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