Era uma vez...Malvim o macaco do nariz

março 12, 2015

Era uma vez um macaco do nariz.
Os macacos do nariz são uma espécie muito má que só existe para fazer maldades ás pequenas crias.
Malvim era um macaco do nariz como todos os outros macacos do nariz, era mau, era gordo, feio e viscoso.
Malvim fazia parte de uma família muito grande e toda a família era tão malvada como ele.
Como todas as famílias de macacos do nariz esta planeava em breve apoderar-se do nariz da sua pequena cria. Todos já tinham uma posição marcada, estavam apenas à espera do momento certo para atacar. Então, um belo dia macaquês, a família do Malvim viu pelo fundo do túnel a sua oportunidade. Era um dia cinzento e frio, bem ao gosto dos macacos do nariz,era o dia perfeito para o ataque geral. Foi dado o alerta, toda a família se armou o mais viscosamente possível. Malvim, no seu belo fato verde ranhoca estava já de mãos dadas com o resto da tribo formando uma barreira mucosa fenomenal, quando do fundo do túnel começaram a ouvir um barulho muito estranho parecido a uma ventoinha gigante. O vento começou a sugar tudo á sua volta, o fato verde ranhoca começou a subir-lhe pelas pernas e de repente começou a sentir os pés a levantarem do chão. Tudo à sua volta levantava voo, a prima, a avó, o sobrinho emprestado e até o pequeno cachorro macaquês, seguiam pelo túnel a fora. Malvim já só lhes via os pés, mas quando estavam quase a ser sugados túnel a fora a ventania parou. Ficaram todos a olhar uns para os outros sem perceber muito bem o que é que tinha acontecido, tinham conferido a meteriologia e estava tudo nos conformes, tinha sido uma tempestade imprevista mas não causou grandes estragos. A tribo, ainda surpresa com os recentes acontecimentos rapidamente se reergueu e se começou a preparar para um novo ataque e no dia seguinte já novamente todos equipados, todos vestidos com os seus fatos verde ranheta, muito bem lambidos durante a noite anterior, montavam o cerco pulmonar e ameaçavam causar ainda mais perturbações do que no dia anterior. A barreira estava completamente erguida e a pequena cria mal conseguia respirar pelo nariz. Malvim estava super feliz, pulava de pêlo em pêlo como o menino da selva da outra história pulava de liana em liana. O rei Macacão com os seus grandes dentes bicudos estava radiante pelo sucesso conseguido, estava mesmo tão mas tão contente que resolveu abrir gratuitamente o acesso à zona pulmonar. Era a loucura, todos os macacos do nariz se dirigiam para a grande sauna. Era isso que eram os pulmões aos olhos dos macacos do nariz, um sítio quentinho e húmido ao nível dos melhores spa's alguma vez conhecidos, claro que nenhum macaco do nariz quis perder a oportunidade de lá ir mas alguém tinha de ficar de guarda e Malvim foi um dos escolhidos. Danado da vida andava de um lado ao outro da entrada do túnel cuspindo ranhoca por todo o lado quando de repente começou a cair uma enorme chuvada. Era água por todo o lado, não havia escapatória, Malvim bem se agarrou aos pêlos como pode mas quando deu por si tinha ido parar ao outro túnel onde o sei amigo Malvadão deveria estar de guarda.
A chuva lá aliviou.
Malvim resolveu procurar o amigo mas não o encontrava em parte alguma.
Quando estava prestes a desistir e a voltar ao seu posto, ouviu Malvadão gritar ao longe por ajuda. Malvim correu pêlo abaixo o mais depressa que pode, apenas e só para ver Malvadão ser apanhado por uma enorme rede branca onde ficou completamente colado sem qualquer hipóteses de fuga.
E ali jazia Malvadão quando uma nova chuvada empurrou Malvim para fora do túnel.
Malvim pânicou por segundos, agarrou-se a todos os pêlos onde conseguiu chegar, mas mesmo assim não lhe valeu de nada e foi empurrado túnel a fora ficando completamente empalhado contra o lado exterior do túnel e desta vez não era só ele. Foi com tremendo horror que viu toda a sua tribo ser arrastada pelo rio de água que surgia do túnel. Não pode fazer nada, até o rei com os seus grandes dentes foi apanhado na confusão e assim como vira acontecer a Malvadão, uma outra rede veio caçar todos os outros macacos do nariz, menos ele. Malvim, horrorizado, ainda empalhado contra a parede encheu-se de raiva e coragem e começou a tentar dirigir-se para o interior do túnel, usando toda a ranheta do seu belo fato para escorregar, pensando para consigo que iria tornar-se o novo rei, criar um novo exército ainda mais forte, feio e viscoso que toda a sua exterminada tribo. Mas quando estava quase a conseguir fugir e dar início ao seu plano maquiavélico ouviu por entre o agudo chora da sua pequena cria uma voz dizer:
- Nã nã nã nã, onde pensas que vais seu grande macaco do nariz? já chega de atormentar a minha Lotinha, vou dar cabo de ti e do teu plano maquiavélico!.
Malvim nem teve tempo de reagir e quando viu já estava capturado por aquela enorme rede.
E li jaz Malvim, um dos membros da tribo de macacos de nariz, quase o futuro rei, caçado pela grande rede branca.
É possível que algum outro grande macaco do nariz tenha sobrevivido a toda esta tragédia e que esteja neste momento a planear a suas vingança mas vamos todos esperar que não, porque pior que Malvim e o seu sonho de vingança seria uma nova tribo inteira prontinha para se vingar.

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