Era uma vez... Pequena Marta a coelha fofinha

março 05, 2015

Era uma vez uma pequena coelha chamada Marta.
A Marta era a mais nova de 5 irmãos todos eles branquinhos como a neve que cai no Inverno na serra da estrela menos ela que tinha um belo tufo preto onde fica o rabo. Todos viviam numa toca cheia de túneis por baixo da terra no enorme campo verde perto da grande pedra. A marta era a mais pequenina dos 5 e por isso a mãe não a deixava afastar-se tanto quanto os outros irmão pois tinha medo que ela se perdesse e gostava que ela andasse sempre junto dela. Nos dias de sol a mãe deixava os pequenos saírem da toca para poderem apanhar sol e correr pelo campo em flor. Todos menos Marta que ficava sempre junto á mãe enquanto ela tratava de arranjar os túneis e procurava comida para todos. Marta até gostava de andar junto da mãe, ela contava-lhe histórias e cantava com ela enquanto passeavam mas queria poder ficar mais tempo com os irmãos que cresciam a olhos visto e estavam quase do tamanho dos pais. O grande campo onde moravam era um lugar tranquilo. Nada de grave acontecia desde o ultimo problema com as raposas velhas já lá iam uns bom 20 anos. Para Marta e os irmão nunca houve motivo de preocupação.
Um belo dia andavam Marta e a mãe a beliscar umas belas amoras silvestres quando ouviram Tomé, o seu mano mais novo, gritar por ajuda. Preocupada a Mãe tentou perceber de onde vinha o som mas como era primavera as ervas estavam tão altas que só do cimo da grande pedra é que se conseguia ver por sobre elas. A mãe em aflição correu para casa saltando o mais alto que podia, virando a cada esquina e só parou ao pé do pai deixando a pequena Marta perdida e desorientada no meio do campo. Marta lá seguiu o cheiro da mãe. Quando estava quase a chegar á grande pedra ouviu Tomé mais uma vez, desta vez mais baixinho.
-Marta, ei Marta, esconde-te!
-Oh Tomé, a mãe saiu que nem louca á procura de ajuda, o que é que se passa?
-Sobe aqui e vê, mas não faças barulho.
Marta lá subiu a pedra com grande esforço e quando chegou ao cimo viu os outros 3 irmão encurralados entre o outro lado da pedra e uma grande raposa velha. Tremeu de medo. Sempre ouvira os mais velhos falar do dia em que as terríveis raposas velhas entraram no campo verde e comeram metade dos coelhos que ali viviam. A mãe e o pai tentavam distrair a raposa mas esta, velha e feia dizia:
-Estou meia cega mas o meu nariz cheira muito bem e vocês os dois são velhos e com certeza rijos e aqui temos 3 coelhinhos pequeninos e tenrrinhos.
Os 3 irmão choravam.
Os pais gritavam.
Tomé estava escondido cheio de medo.
Marta que era muito rápida por ser tão pequenina reparou que os irmão estavam perto de uma das entradas dos túneis. Foi então que se encheu de coragem, desceu a pedra grande enquanto dizia a Tomé:
-Diz-lhes para correrem para casa Tomé, quando eu abanar o rabo eles têm que correr.
Tomé nem teve tempo de dizer mais nada e quando viu, Marta a pequena coelha, já estava no meio do campo verde, entre os irmão e a raposa velha.
-Eu sou a mais pequenina de todos, por isso sou a mais tenrrinha não preferes ficar só comigo?
-Tu és só uma e aí atrás estão 3 coelhinhos apetitosos.
-Sim mas eu posso dizer-lhe onde há mais coelhinhos fofinhos como eu e você deixa os meus irmão em paz.
-Isso não interessa nada, vou é comer-vos a todos de uma vez para não avisarem os outros.
-Então assim sendo eu vou fugir para ali onde vivem os outros coelhos fofinhos como eu, ali naquele buraco estás a ver?
-Ahahah és mesmo burra coelha fofinha, assim eu já fico a saber onde vou a seguir mas para já vou começar por ti.
Marta começou a correr na direcção do buraco enquanto abanava o seu rabinho preto. Tomé gritou o mais alto que podia:
-Todos para casa!!
Marta corria para o buraco com a raposa velha nos calcanhares, quase a caçar o seu rabinho. O buraco estava cada vez mais perto, Marta correu e correu e assim que chegou perto saltou para dentro dele passando mesmo á justa. O mesmo não se pode dizer da raposa velha que por estar já tão velha e cega não reparou no pequeno tamanho do buraco onde só a pequena Marta conseguiria passar e ficou entalada, cabeça dentro e o rabo de fora, sem conseguir sair. A raposa velha ficou presa durante 2 dias sem comer nem beber até que ao terceiro dia começou a chover e o buraco cedeu á chuva alargando e dando a hipótese à velha raposa fugir com o rabo entre as pernas. Os pais da Marta ao verem a sua rapidez e inteligência ficaram pasmados, nunca pensaram que a pequena pudesse vir a salvar toda a família e perceberam como tinham sido injustos com ela só porque era mais pequenina. Desde esse dia que Marta brinca com os irmãos sempre que está sol e corre com eles, mais do que eles, por todo o campo verde, porque, apesar de pequenina é tão capaz como os outros.

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