GRANDPA

outubro 08, 2014



Diz que já ganhou prémios.
A mim diz-me que é uma pena que hoje em dia não seja a realidade como era na minha infância, diz-me que vou ter mesmo que pôr a cria no infantário ainda em tamanho minúsculo porque apesar de eu ter tido a sorte de ter sido amparada pelos meus avós que podiam estar sempre disponíveis para me aturar, ir buscar e levar á escola, tomar conta de mim quando ficava doente, brincar comigo, e tudo de mais que me foram dando e que no fundo foram a fundição para os pilaras maiores daquilo que sou hoje, apesar de eu ter tido tudo isto a minha filha não o vai ter como eu porque nesta sociedade moderna em que vivemos os avós dela vão ter que trabalhar até aos não sei quantos anos, têm horários a cumprir e apesar de eu saber que vão lá estar sempre, sempre mesmo, que seja preciso, apesar disso, não consigo deixar de ter pena dela e deles também, porque eu tive a sorte de saber o como foi bom esta vivência que me traz tanta alegria e saudade.
Os avós, cada um deles deveria ter direito a um mês com os netos assim como os pais, nós precisamos deles, nós pais, nós filhos e nós netos e netas. Custa-me a querer como é que conseguimos ser tão evoluídos numas coisas e tão tristemente incapazes em outras, era uma simples medida, e seria tão mas tão proveitosa que nem vale a pena explicar.

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2 comentários

  1. Sem dúvida nenhuma! Ter avós livres de horário de trabalho seria uma mais valia, contribuindo para bem estar emocional de todos. Mas isso é cada vez mais um pormenor que pouco interessa para os políticos em geral. Entregar as crianças à bicharada sem defesas emocionais é a ordem de momento, e depois admiram-se de cada vez haverem mais crianças e adolescentes a serem seguidos por pedo-psiquiatria e cada vez haverem mais casais a optarem por não terem filhos. São uns otários sem sensibilidade, nem ideia real da vida!

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