E é isto que temos.

Temos um ano disto, desta peste, desta louca fofa mais linda do coração da dona maior, queixinhas da mais pequena e terror dos infernos do dono.

Ela é louca, é brincalhona, carinhosa, espevitada, com a mania que é gira, elegante, aquele pêlo de espanador que se espalha por todo o lado, que nos faz cocegas no nariz pela manhã e que me leva uma fortuna em shampoo especial e rolos de tirar pêlos é também a coisa mais sedosa de todos os tempos. O ronronar dela tem efeitos terapêuticos, a companhia dela faz-me milagres, sim, também me tira anos de vida com tanto roubar de missangas, cenas atiradas ao chão, tanta tentativa de roubar comida do meu prato e tanto desprezo pelo petisco groumet que lhe coloco na taça.

A vida sem ela era muito mais monótona de certeza, possivelmente iria conseguir tirar as melhores sestas depois do almoço, iria ter a casa mais arrumada, menos brinquedos espalhados por todo o lado, de certo que a Goa Maria assina por baixo disto tudo.

A verdade é que espero que ela viva para sempre, que nos dê muitos anos de tormentos e amor, que continue a crescer grande e gorda como se quer e que os anjinhos dos animais palermas me traga com a idade muita paciência para a aturar porque senhores. há dias em que me apetece rifar a gaja.

Parabéns meu amor mais peludo.