A fragilidade no feminino

fevereiro 21, 2017

Vamos deixar uma coisa bem claro, esta publicação não se destina ao homens, esta publicação destina-se a todos os que se/nos acham coitadinhas.
Não existe isto do "as mulheres são frágeis", as mulheres são tudo menos frágeis, na verdade as mulheres são tudo aquilo que precisão de ser para viver valorizando a sua qualidade, por vezes em demasia comparado com o espécime masculino da raça, verdade, mas as mulheres não são frágeis. O nosso género não fica desmotivado, porque não tem tempo para isso, não deixa por fazer, porque sabe que mais vale fazer hoje do que deixar para amanhã, não se deixa pisar porque sabe melhor que isso, não se deixa morrer em críticas porque a opinião dos outros não importa mais do que ter a consciência tranquila e andar de cabeça erguida por aquilo que assumimos ser.
As mulheres são sempre um bocadinho mais do que mostram, são sempre um bocadinho mais doces do que aparentam, um bocadinho mais stress e drama do que mostram. As mulheres são práticas, severas, territoriais, inquietas e destemidas. O simples facto de serem mulheres não as torna automaticamente frágeis, a vida, a falta de saúde, as escolhas que fazem isso sim pode tornar uma pessoa mais frágil, atenção, uma pessoa, não necessariamente uma mulher, muitos homens, pelas mesmas razões se tornam fortes, então, porquê está diferença?


Porque é que a vida, a falta de saúde, as escolhas que fazem torna um homem forte mas uma mulher frágil?
Talvez esteja na altura de tomar atenção à forma como nos intitulados, como nos damos como fragilizadas, como dizemos que a colegas que tem cancro é coitadinha quando na verdade ela luta para viver, como dizemos "coitada da Maria" que desistiu de um casamento de 20 anos por descobrir o caso do marido quando ela teve a coragem de se deixar descobrir sozinha. Talvez devêssemos ter mais atenção quando nos referimos à triste coitada da vizinha do quarto andar que perdeu o filho para a droga e nem sequer vestiu de preto quando todo o seu coração está de luto mas ainda assim, sorri porque o filho mais novo merece a melhor mãe do mundo. Talvez a mulher que sempre foi forte mas resolve procurar ajuda de um psiquiatra não está maluca, coitadinha, nem precise de medicação, talvez esteja a ser forte mais uma vez ao admitir precisar de apoio. Talvez a pobre coitada que até vem de uma família conservado e tem uma filha lésbica se esteja mesmo a borrifar para isso é nem é pobre e muito menos coitada. Se pensarmos em todos e em qualquer um destes casos mas sendo o sujeito um homem o que é que vêm?
Talvez ao admitir que nos sentimos frágeis estejamos a ser apenas, mais uma vez, fortes. Talvez a nossa maior fragilidade sejamos nós mesmas. Talvez valha a pena procurar a igualdade de ser dentro de nós mesmas, naquilo que transmitimos e pensamos.

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