Uma horta na varanda

julho 27, 2016

Neta do homem com o melhor polegar verde de todos os tempos, daqueles que recupera até a mais seca palmeira do deserto, poda quando lhe apetece, faz mudas, excertos, transplantes, apanhas fora de época e pardais nos ninhos. Euzinha portanto, a pessoa que teve a capacidade de matar 3 cactos, não um, nem dois mas TRÊS cactos. Sou também a pessoa que compra vasos de plantas aromáticas que acabam sempre e na melhor das hipóteses congeladas em 5 dias. 

A pessoa morre portanto de desgosto por ter tanta terra e não te um únicozinho canto verde com merdas que se comam.
Andava já aqui a pensar que a minha filha não ia saber o que é ver uma alface crescer e que o mais perto que estaria de um pé de feijão seria a experiência do algodão ainda se faz isso na primária certo? quando me enchi de coragem, saí sem medos direita à estufa onde tantas, mas tantas vezes fui com o meu avô e vai de pedir tudo, eu quero salsa, coentros, tomate cheery, alfaces, 5 alfaces e tomilho e segurelha e coisas, ah! e terra senhor cheio de músculos, terra, dois sacos sim?!?!
Vai de chegar a casa e ver a felicidade de uma miúda, o meu meio kg de gente, tão feliz por pôr uns deditos na terra que até deu gosto.


E só pode ser disso, do amor que se tem quando se planta para dar alegria, só pode. Nunca me passou pela cabeça mas a verdade é que o meu avô plantava com amor, da terra para a boca de quem mais amava. 
O que é certo é que uma semana depois tínhamos a coisa alinhada e tudo tem estado a crescer a olhos visto.
A minha cria diz olá ás alfaces todos os dias tipo literalmente e todos os dias faz mimos em todos os pés, todos, cheira as mãos, sorri e é feliz com isso. Só com isso.


Sim, aquilo ali de guarda é o Relvinhas.
Não! não está nada morto!
Aquilo é só o novo look à surfista.
Certo?!

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