Felicidade

novembro 05, 2015

Cabe-me no colo, para já, por agora.
Coisa estranha esta, tão serena, tão doce, tão traiçoeira e impulsiva, nervosa.
Cabe-me no colo, transporta-se de mãos dadas, de sorrido no rosto e gargalhada no ouvido. Que sejam muitas, longas, com ou sem soluços, melancólicas e sem sentido. Todo o sentido do meu mundo se encontram nelas, se encontram contigo quando estás feliz. Que seja sempre assim, que seja forte.
Cabe-me no colo.
No meu colo.
Neste teu colo.
Que o queiras sempre, que nunca o deixes vazio, frio.
Cabe-me no colo e é minha, fui eu que a fiz.
Cabe-me no colo todos os dias e mesmo assim não existiu um único dia em que ter o colo cheio não me pasmasse, não me deixe louca de curiosidade, de anseios nervosos, de medos.
Cabe-me no colo, é por isso, porque é frágil como sempre será a meus olhos, tenho medo que se parta, que se dobre de mais, que não me caiba mais no colo, que não o queira mais.
Cabe-me no colo e quero-a sempre aqui, colada, sem fuga e assim sendo, que tenha asas e voe, não a crio para estar num colo, crio-a para ser feliz.
Cabe-me no colo e é feliz ali, suspeito no entanto que nunca saberá o quão feliz eu sou por ela se aninhar ali.
Cabes-me no colo.
Cabes neste colo.
Cabes neste teu colo.
Cabes onde pertences.
Cabes tu, porque está felicidade de se ser feliz não cabe em lado nenhum.

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