A questão da cama, do quarto e da independência de 2+1

agosto 26, 2014


Projectar o quarto do bebé deveria ser uma coisa simples e fofinha não era?
Pois não é!
Não por uma questão de não se ter jeito para decoração mas porque depende de um principio que no meu caso parece não ser normal e assim sendo levanta a familiares, amigos e conhecidos uma indubitável estranheza que a maioria nem sequer tentar perceber e atiram-se logo ao:
- Tu estás maluca
- Isso é o que tu dizes agora!
Entre muitas outras coisas que me tiram fora do sério.
O "problema" é que eu logo de inicio disse que não ia pôr o berço no nosso quarto, e não vou.
Existe um sem fim de razões para isso passo a enumerar:
•Se existe a possibilidade de a cria ter um quarto porque raio é que não pode ter e efectivamente dormir nele desde o inicio?
•A cria vai acordar todo o mundo de 2 em 2 horas certo? 
A princípio serei eu a ter que me levantar uma vez que o pai não têm mamas. Vou ser eu também a ficar o dia todo em casa com ela enquanto ele vai trabalhar. Não faz mais lógica eu pôr uma cama grande no quarto da cria de modo a dormir lá se achar necessário evitando acordar o pai que não têm necessidade nenhuma de ir trabalhar tipo zombie?
É que eu sempre posso tentar dormir durante o dia quando ela estiver a dormir e se o pai estiver mas descansado quando chegar a casa pode aliviar a minha situação e aproveitar melhor o pouco tempo que terá com a cria. 
•Ele ressona, não sei até que ponto a cria conseguiria dormir descansada. 
•Existem vários estudos que afirmam que as crianças que passam muito tempo no quarto dos pais, onde estes estão sempre prontos para os acudir ao segundo respirar fundo se tornam mais inseguro. Os mesmos estudos afirmam que as crianças que aprendem desde novas a ter o seu espaço e a cuidar dele se tornam mais independentes e autónomas. 
•Existem intercomunicadores com imagem sabem? já sei que vou passar umas belas noites a olhar para o ecrã mas pronto.
•Existe também a questão da privacidade do casal, pois eu cá acho que se os quartos não devem ter tvs, se um casal não deve de ir para a cama chateado também não têm que ver o seu espaço mais íntimo invadido por choros nocturnos. Uma coisa é ter que ter a cria no quarto outra é ter por obrigação quando não há necessidade para isso. E não me venham com a ideia de que eu não vou estar disponível para sexo, não sou burra nenhuma, não é só por causa do sexo é por causa da nossa independência enquanto casal, par, amantes e adultos. 
Como estas existem muitas outras razões, estas são só as principais, agora digam lá, é assim tão sem sentido?
Eu vivi uma e outra opção, eu tive logo o meu quarto e aos 3 anos ia direita sozinha para a minha cama,  vestia o pijama, lavava os dentes, beijinhos à família e cama, encostava a porta e dormia no escuro, os meus pais dizem que era um descanso. 
O meu irmão ficou no quarto dos meus pais até mais tarde porque não havia outro, resultado era um castigo deitar a peste, eu lembro-me de ver a minha mãe em desespero para o pôr a dormir e mesmo quando passou para o meu quarto tínhamos de dormi com uma luz de presença. 
A minha questão é:
Não estamos a criar o "monstro"?
Será que a técnica do berço no quarto não é mais uma questão de comodidade para os pais do que uma necessidade da criança?
Sou eu que estou a pôr o meu filho de lado impondo o meu espaço ou será que estou a criar o dele por mais que me venha a custar? 

Posso vir a arrepender-me e acabar por ter que re-montar o berço no quarto de cima, mas para já o plano é cada um no seu espaço, um intercomunicadores de jeito, uma cadela não vá falhar a pilha e uma cama individual para o caso de se estar muito cansada.

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